Atividade física é essencial para o envelhecimento saudável
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O envelhecimento populacional é uma realidade no Brasil e no mundo, mas traz diversos desafios para a sociedade. Um dos mais importantes é a necessidade de manter a produtividade e a independência depois dos 60 anos. Apesar do aumento da expectativa de vida, que hoje é em média de 76,4 anos, poucas pessoas levam em consideração a importância de envelhecer de forma ativa e saudável.
Uma das melhores maneiras de permanecer independente e produtivo na medida em que a idade chega é praticar atividades físicas de forma regular.
Longevidade e estilo de vida
Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Dores Crônicas e Saúde Postural, a saúde e a longevidade estão associadas ao estilo de vida e aos hábitos adotados ao longo dos anos. “Quando somos jovens não costumamos pensar em como estará nossa saúde aos 40, 50 ou 60 anos. Contudo, é preciso ter em mente que o estilo de vida e os hábitos que são estabelecidos na infância, adolescência e até mesmo na juventude podem trazer benefícios ou prejuízos no futuro”.
“O envelhecimento não pode ser revertido, mas um estilo de vida ativo certamente desacelera o ritmo deste processo. E quanto antes a pessoa adotar hábitos saudáveis, como realizar atividades físicas de forma regular, menor será o risco de desenvolver problemas de saúde no futuro. A partir dos 40 anos, o estilo de vida impacta diretamente na mobilidade, autonomia e qualidade de vida”, reforça.
Envelhecimento afeta capacidade funcional
A capacidade funcional é essencial para realizar as atividades simples do dia a dia, como se vestir, comer, caminhar, trabalhar, praticar esportes etc. Ou seja, as atividades que são necessárias para ter uma vida independente e autônoma. “Mas envelhecimento reduz gradualmente a capacidade funcional e este processo se intensifica ao longo dos anos. A melhor maneira de manter estas capacidades é praticar de forma regular atividades físicas”, aponta Walkíria.
“Isto porque a partir dos 40 anos há perda de massa muscular, massa óssea e flexibilidade. Todos estes fatores aumentam o risco de quedas, fraturas, dores crônicas, desgaste nas articulações, problemas de equilíbrio e postura, por exemplo”, adiciona a especialista.
Mulheres à frente
Felizmente, hoje vemos uma mudança importante em relação ao processo de envelhecimento. Muitas pessoas chegam aos 50, 60 e até 70 anos com mais saúde e com vidas ativas, seja profissionalmente ou socialmente.
“Um dos fatores que explicam esta mudança é que estas gerações tiveram mais acesso aos cuidados com a saúde e às informações sobre o envelhecimento saudável. Aquela imagem de um idoso curvado usando bengala ou da vovó sentada no sofá fazendo crochê mudou”, diz Walkíria.
Mas são as mulheres que demonstram mais interesse no envelhecimento ativo. Elas são mais preocupadas com a saúde, tendem a ir com mais frequência a médicos e procurar atividades físicas, como o Pilates, por exemplo. O método é excelente para todas as idades. Há vários estudos que demostraram os benefícios para idosos ou para quem deseja envelhecer de forma ativa e saudável.
Principais conclusões de estudos sobre os benefícios do Pilates
Fortalece os músculos, especialmente o grupo do CORE, que sustenta a coluna vertebral
Promove a remodelagem óssea por meio de exercícios de tensão e tração. Além disso, ao fortalecer os músculos, protege os ossos de possíveis fraturas
Fortalece a musculatura pélvica e isto ajuda a reduzir os efeitos da incontinência urinária em mulheres
Melhora o equilíbrio e a coordenação, o que reduz o risco de quedas e fraturas
Aumenta a flexibilidade
Melhora a postura e traz consciência corporal
Melhora a qualidade do sono
Reduz sintomas depressivos, ansiosos e estresse
Combate a solidão, típica da terceira idade, pois aumenta o convívio e as interações sociais
“O envelhecimento saudável é possível e hoje temos muitos recursos que podem contribuir para a longevidade. A prática regular de atividades físicas é um dos fatores mais importantes para ter uma boa saúde ao longo da vida e, principalmente, após os 40 anos”, finaliza Walkíria.
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