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Entenda a relação da dor de cabeça com problemas no músculo trapézio

  • clinicawalkiriabru
  • há 10 minutos
  • 5 min de leitura

trapézio

Você sabia que a dor de cabeça pode ter relação com problemas no músculo trapézio? Por isso, se você tem cefaleia frequente e não consegue descobrir a causa, leia esse artigo até o final, uma vez que a origem da sua dor de cabeça pode estar, justamente, em problemas no trapézio.

 

Para entender melhor a relação da dor de cabeça com problemas no músculo trapézio, hoje vamos entrevistar a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Saúde Postural, Dores Crônicas, Pilates e RPG (Reeducação Postural Global).

 

Trapézio: conheça a importância desse músculo para a saúde musculoesquelética

 

O trapézio é um dos maiores músculos do corpo humano. Ele se estende desde o pescoço até o a parte superior das costas e escápulas (ossos que se localizam nas costas e ligam os braços aos ombros). Dessa maneira, o trapézio é crucial para dar estabilidade para as escápulas durante os movimentos.

 

O trapézio começa na parte de trás da cabeça, desce pela coluna vertebral e se cruza na região dos ombros. O músculo trapézio é inervado, principalmente, pelo nervo acessório (XI nervo craniano) para a função motora. Também recebe fibras sensitivas e proprioceptivas dos nervos espinhais cervicais C3 e C4. 

 

“Portanto, quando há algum problema no trapézio, como um encurtamento ou inflamação, pode ocorrer um desencadeamento de diversos sintomas, entre eles a dor de cabeça. Em geral, podemos ter quadros de cefaleia tensional (região lateral da cabeça) e cervicogênica (cefaleias de origem cervical)”, explica Walkíria.

 

Fatores de risco para problemas no trapézio

 

Em geral, as dores relacionadas aos problemas no trapézio podem ter origem na sobrecarga do músculo, esforços repetitivos, desequilíbrios musculares, má postura, encurtamentos musculares ou lesões por trauma. Atualmente, um dos principais fatores de risco é o uso excessivo dos dispositivos eletrônicos, especialmente do celular. Adicionalmente, ficar por períodos prolongados em frente ao computador também aumenta o risco de problemas no trapézio”, aponta Walkíria.

 

Agora, veja abaixo os principais fatores de risco que podem causar problemas no trapézio:

 

  • Curvar o pescoço para baixo por longos períodos, especialmente durante o uso do celular;

  • Trabalhar em um computador com ombros estendidos e monitor fora da altura dos olhos;

  • Estresse e tensão;

  • Carregar objetos pesados, com má distribuição do peso entre os ombros. Um bom exemplo é carregar uma mala ou mochila em apenas um dos ombros;

  • Dormir em posições inadequadas, especialmente com travesseiros muito altos ou muito baixos, sem dar apoio correto à cervical;

  • Atividades que exigem elevação constante dos ombros (professores que escrevem em lousas, por exemplo).

Dor de cabeça devido a problemas no trapézio – O que você precisa saber

 

Um estudo publicado na Cephalalgia apontou que todos os pacientes com enxaqueca, que participaram do estudo, apresentavam problemas no músculo trapézio, além de sinais que indicavam a presença de uma inflamação nessa musculatura.

 

“Em muitos casos, recebemos pacientes com queixas de cefaleia, sem outra causa sistêmica. Durante a avaliação, é possível detectar se a origem da dor de cabeça é justamente problemas no trapézio e na cervical, por exemplo”, comenta Walkíria.

 

“A cefaleia tensional, devido a problemas no trapézio, normalmente é bilateral, latejante e irradia-se da região occipital, envolvendo o topo da cabeça e a testa. Para além da cefaleia, desequilíbrios no trapézio podem causar dor no pescoço, que pode irradiar-se para o ombro, braço, mãos e dedos”, adiciona a especialista.

 

“Quando há compressão do nervo, o paciente também pode apresentar formigamento ou dormência no braços, mãos e dedos. Em casos em que o comprometimento do trapézio é mais severo, podemos ter outros sintomas como fraqueza nos ombros, dor no maxilar, cansaço visual (a tensão nos músculos do pescoço e da parte superior das costas pode restringir o fluxo sanguíneo para os olhos, facilitando o cansaço visual) e, por fim, o famoso torcicolo”, conta Walkíria.

 

Fisioterapia e mudança de hábitos são pontos centrais para problemas no trapézio

A maioria dos casos de problemas no trapézio pode ser resolvida por meio de técnicas da fisioterapia e, claro, por mudanças de hábitos. “Nas fases mais agudas, em que a dor é muito severa, podemos usar ultrassom, estimulação elétrica transcutânea (TENS), diatermia (ondas curtas), termoterapia, laser, entre outros recursos”, aponta Walkíria.

 

“Quando a dor melhora, podemos iniciar um trabalho para reequilibrar e reorganizar o trapézio. Nessa etapa, também trabalhamos para melhorar os encurtamentos na região do pescoço e ombros, além de corrigir a postura. O fortalecimento do músculo e o alongamento são essenciais para prevenir novas crises”, adiciona a especialista.

 

“Adicionalmente, precisamos ensinar o paciente a respirar. Isso porque a tensão acumulada no trapézio pode limitar a expansão da caixa torácica, dificultando a respiração. Sendo assim, o paciente precisa aprender a “suspirar”, inspirando e soltando todo o ar, relaxando os ombros. Portanto, o controle da respiração é fundamental para quem sofre com a cefaleia tensional associada a problemas no trapézio”, finaliza Walkíria. 

 

Dicas para prevenir problemas no trapézio

 

1.    Postura correta ao usar o celular: leve o celular até a linha dos olhos. Se estiver sentado, coloque uma almofada para amparar os braços. Abaixar o pescoço para usar o telefone é uma postura inadequada que pode causar problemas no trapézio, que podem culminar na cefaleia tensional.

 

2.    Mão na cintura: Muitas pessoas têm esse hábito, especialmente se estão em pé e paradas numa fila, por exemplo. Mas, essa postura sobrecarrega os ombros e o pescoço. Então, o melhor é deixar os braços soltos ao lado do corpo.


3.    Travesseiro: O travesseiro também é peça-chave para evitar alterações no trapézio, pois ele é responsável por alinhar a curvatura da cervical. O travesseiro deve ser usado de forma com que a altura se encaixe entre a cabeça e o colchão, nem muito alto, nem muito baixo.


4.    Computador: A tela do computador precisa estar distante cerca de 40 a 60 cm dos olhos, de modo que a cabeça fique alinhada e você não precise abaixá-la, nem para enxergar a tela e nem para digitar.


5.    Respire: Pessoas tensas e estressadas tendem a segurar o ar. Com isso, acabam levando toda a tensão para região dos ombros e pescoço. A dica é respirar e até mesmo suspirar para relaxar a musculatura.


6.    Alongamentos: realize alongamentos todos os dias, especialmente na região da cabeça e dos ombros.


7.    Postura: invista em atividades como Pilates para corrigir a postura e aumentar a consciência corporal.


8.    Fortalecimento muscular: os treinos de força também são importantes para melhorar o funcionamento do trapézio, entre outros benefícios.

 

A Clínica Walkíria Brunetti – Fisioterapia e Pilates está localizada no Campo Belo, zona sul da cidade de São Paulo.

 

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Matéria produzida pela jornalista

Leda Maria Sangiorgio

MTB 30.714

É expressamente proibida a cópia parcial ou total do material, sob pena da Lei de Direitos Autorais, número 10.695.  

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