Escoliose atinge principalmente crianças e adolescentes
Prevalência da escoliose é de 1 a 3% da população em geral, sendo mais comum em meninas a partir dos 10 anos de idade
A escoliose é caracterizada quando a coluna se desenvolve numa forma anormal e adquire um formato de C ou S. Na escoliose, a coluna se movimenta para os lados e isto pode gerar dor e alterações importantes nos movimentos diários. A maioria dos casos ocorre no final da infância e início da adolescência. Quando não tratada, a escoliose pode levar à incapacidade física, problemas nos pulmões e coração.
Para aumentar o conhecimento da população sobre a escoliose, foi criado o movimento internacional “Junho Verde”. O objetivo é reforçar a necessidade crescente de educação, detecção precoce e conscientização sobre a escoliose e sua prevalência entre crianças e adolescentes.
Segundo Walkíria Brunetti, fisioterapeuta especializada em Saúde Postural e Dores Crônicas, a escoliose pode ser leve, moderada e grave. “Quando o paciente tem uma curvatura muito acentuada na coluna, podem ocorrer problemas no coração, pulmões, além de afetar a funcionalidade e a saúde mental. Como a escoliose é mais prevalente em adolescentes, é crucial detectar e tratar a condição assim que possível”.
Origem da escoliose
As causas da escoliose, na maioria dos casos, são desconhecidas. Portanto, em 70% dos casos, a escoliose é do tipo idiopática. Por outro lado, há fatores de risco bem estabelecidos como histórico familiar, má postura, sedentarismo, obesidade e assimetria corporal.
“A assimetria corporal é quando há pequenas diferenças entre os lados do corpo. Existem crianças que nascem com uma perna mais curta que a outra, um ombro mais elevado do que o outro ou um lado do tronco mais rotacionado. Em muitos casos, as assimetrias são praticamente imperceptíveis. Contudo, podem causar vários problemas, entre eles a escoliose”, explica Walkíria.
“Outro fator de risco importante para crianças e adolescentes é a inadequação das cadeiras e mesas escolares, bem como ficar muito tempo na posição sentada, carregar mochilas com muito peso e da maneira errada. Todos estes fatores alteram a postura e podem levar à escoliose”, aponta a especialista.
Escoliose pode ser congênita e hereditária
A escoliose tem um importante fator hereditário. Ou seja, é muito comum casos de escoliose em membros de uma mesma família. Outra forma é a congênita, que pode ocorrer por problemas na formação do embrião.
“Há ainda uma forma mais rara da escoliose, que acontece devido a alterações em músculos ou nervos, que impedem que a coluna fique na posição correta. Normalmente, este tipo de escoliose ocorre em crianças com paralisia cerebral e lesões no cérebro”, comenta Walkíria.
Sinais e sintomas da escoliose
O sinal mais importante da escoliose é a deformidade na coluna, que pode se assemelhar a um C ou S. Entre os sintomas estão dor nas costas e nas pernas, bem como dificuldade em permanecer muito tempo em pé.
Pais devem ficar atentos aos sinais e sintomas da escoliose
Os pais e pediatras precisam ficar atentos a possíveis assimetrias no corpo da criança e do adolescente. Quanto antes a escoliose for diagnosticada, melhor será o resultado do tratamento com fisioterapia e órteses. Isto é fundamental para evitar a cirurgia.
Infelizmente, a escoliose severa pode comprimir os pulmões, por exemplo, causando falta de ar, cansaço, perda do apetite e fraturas nas costelas. O coração é outro órgão que também pode sofrer com as deformidades causas pela deformidade na coluna.
Fisioterapia é essencial para tratar a escoliose
“A fisioterapia é o recurso mais importante para tratar a escoliose leve a moderada. Dentro dos recursos fisioterapêuticos, costumamos usar palmilhas para corrigir possíveis assimetrias nas pernas. Outro recurso é o uso de coletes, principalmente durante as fases do estirão de crescimento”, conta Walkíria.
"A correção da postura é imprescindível e pode ser feita por meio de diversas técnicas, como a Reeducação Postural Global (RPG), o Pilates e a GDS Cadeias Musculares, um método de fisioterapia que atua na prevenção e na manutenção da postura e consciência corporal. Cada cadeia muscular é trabalhada para estruturar a postura e desenvolver uma percepção aprimorada do corpo, afim de alcançar a postura correta", adiciona a especialista.
Mudança de hábitos também faz parte do tratamento da escoliose
Além da fisioterapia e das órteses, é preciso orientar o paciente quanto aos hábitos que podem agravar a escoliose. “Quando falamos de crianças e adolescentes, precisamos nos preocupar com a ergonomia das mesas e cadeiras escolares, peso e modo de carregar as mochilas, além das posturas no dia a dia, como durante o uso de celulares e computadores”, acrescenta Walkíria.
Tratamento precoce pode prevenir necessidade de cirurgia
A identificação e o tratamento devem ser realizados de forma precoce. Isto é fundamental para prevenir a necessidade da cirurgia de correção da escoliose. Vários estudos apontaram que a fisioterapia, aliada ao uso de órteses em adolescentes com escoliose moderada, podem reduzir a necessidade da cirurgia.
“A cirurgia deve ser o último recurso, pois é um procedimento de alta complexidade, demanda cirurgiões especializados e equipamentos específicos. Além dos custos, a reabilitação pode ser mais demorada, sem contar com os riscos inerentes a uma cirurgia de grande porte”, aponta Walkíria.
“Finalmente, é muito importante termos um mês dedicado à escoliose. Uma vez que não é um tema tão falado, o Junho Verde contribui para aumentar o conhecimento da população em geral sobre o assunto”, finaliza a fisioterapeuta.
Onde encontrar tratamento para síndrome do túnel cubital?
A Clínica Walkíria Brunetti oferece tratamento para a escoliose em crianças e adolescentes.
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