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O que é capsulite adesiva?




A capsulite adesiva é uma inflamação nos ombros, mais especificamente na membrana sinovial que recobre o ombro. Esta estrutura é responsável por produzir o líquido sinovial, cuja principal função é lubrificar e nutrir a articulação dos ombros. Na medida em que a inflamação se agrava, ocorre um atrito maior nos espaços articulares preenchidos pelo líquido sinovial.


A condição é mais conhecida pelo termo “síndrome do ombro congelado” ou, simplesmente, ombro congelado. O nome se refere à dificuldade de movimentação do ombro na presença da inflamação.


Capsulite adesiva: Sinais e Sintomas


Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista Dores Crônicas e Saúde Postural, os principais sintomas são dor e diminuição da amplitude de movimento, especialmente na rotação externa e interna dos ombros. “O paciente pode sentir bastante dor ao tentar colocar a camisa para dentro da calça na parte de trás, por exemplo. Outros movimentos como colocar o sutiã e passar o cinto na parte posterior das costas são extremamente doloridos”, comenta.


Na verdade, todos os movimentos que envolvem a rotação dos ombros ficam mais difíceis e doloridos na presença da capsulite adesiva.


Dor, inflamação e aderências


Ao longo do tempo, a inflamação começa a gerar aderências no ombro. Trata-se de uma reação do organismo para reparar os danos e as lesões do processo inflamatório. “São essas aderências que causam a dor e a dificuldade em realizar os movimentos de rotação. Essa redução da amplitude de movimento dá a sensação de que o ombro está congelado, paralisado”, explica Walkíria.


Na fase mais avançada da capsulite adesiva, é possível observar, durante a marcha do paciente, uma perda no balanço natural do braço.


Diabetes é fator de risco


Ao longo dos anos, diversos estudos apontaram que a capsulite adesiva é mais comum em pessoas com diabetes. A prevalência em pacientes diabéticos varia, de acordo com estudos, entre 11 a 40% em comparação com a prevalência na população em geral, que fica entre 2 e 5%. A capsulite adesiva é mais prevalente em mulheres, entre 40 e 60 anos de idade. Outro fator de risco associado é o hipotireoidismo.


Apesar dos fatores de risco associados e a prevalência ser maior em mulheres e pessoas com diabetes, a maior parte dos casos de capsulite adesiva são idiopáticas, ou seja, os médicos não conseguem identificar a causa exata da inflamação.


Capsulite adesiva melhora com o tempo


Ao contrário de muitas doenças que atingem as articulações, a capsulite adesiva costuma se resolver de forma espontânea. Isto quer dizer que ela não é uma doença crônica e, em muitos casos, melhora com o passar do tempo sem necessidade de intervenções invasivas, como cirurgias. “Porém, não é do dia para a noite. Em média a doença pode durar de 7 meses a 2 anos para se resolver”, ressalta Walkíria.


Apesar disto, a dor pode ser bastante intensa e é possível usar alguns medicamentos orais ou ainda injeções locais de corticoides, procedimento chamado de infiltração.


“Os recursos da fisioterapia também são importantes para melhorar a dor e, depois, para reabilitar o paciente. Quando o quadro doloroso está controlado, a fisioterapia vai ser direcionada para reduzir a rigidez articular e para devolver ao paciente a amplitude de movimento dos ombros”, finaliza Walkíria.



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